O mundo corporativo está em um novo cenário em relação à liderança feminina. Vivemos um momento histórico em que, na maior parte dos países do mundo, há mais mulheres inseridas no mercado de trabalho do que nunca antes.
Nesse sentido, o Brasil se encontra bem posicionado em relação à média global. Mas, ainda existem desafios que limitam ou dificultam a chegada de trabalhadoras a posições estratégicas dentro das organizações.
Quer saber mais sobre liderança feminina no Brasil? Então, continue a leitura! Hoje, vamos falar sobre a importância de se ter mais mulheres em cargos de liderança e os desafios para que elas alcancem estas posições.
Pautas como diversidade e inclusão nas empresas vem sendo muito debatidas atualmente. As organizações começaram a entender a importância de contar com mais mulheres nas posições de liderança.
Um dos motivos para isto é que, ao contar com um quadro de funcionários diverso, é possível perceber o ambiente a partir de diferentes perspectivas sociais. Ou seja, como a cultura organizacional e as tomadas de decisões podem impactar de maneira distinta colaboradores que estão em posições diferentes dentro e fora da empresa.
A liderança feminina também traz um grande impacto sobre outros funcionários. Como a redução do medo de assédio sexual e moral, da demissão por gravidez e da discriminação. Tudo isto somado às pesquisas que indicam que empresas que têm líderes femininas chegam a ter resultados até 20% melhores.
Além disso, a liderança feminina é, acima de tudo, uma forma de representatividade. Isto porque líderes femininas inspiram outras mulheres à possibilidade de alcançar posições maiores profissionalmente.
Ainda assim, a pesquisa Global Female Leaders Outlook (GFLO) realizada com líderes mulheres no Brasil e no mundo em 2020, mostra que 96% delas acreditam que ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir uma diversidade efetiva de gênero nos níveis de gestão.
Isto se comprova principalmente se considerarmos o fato de que mais de 60% das entrevistadas acreditam que falta transparência quanto à igualdade de remuneração para homens e mulheres em posições de liderança.
Mesmo diante deste cenário, a pesquisa Women in Business 2020, realizada há 15 anos para mapear a diversidade de gênero em cargos de lideranças em quase cinco mil empresas do middle-market no mundo, revelou que a liderança feminina no Brasil está acima da média global.
A pesquisa indicou que 34% dos cargos de liderança sênior nas empresas de middle-market no Brasil são ocupados por mulheres. Enquanto a média internacional é de apenas 29%.
O índice coloca o nosso país na 8ª colocação no ranking relacionado à liderança feminina em 32 países. O topo desta lista é ocupado pelas Filipinas (43%), pela África do Sul (40%) e pela Polônia (38%).
As questões ESG (ambientais, sociais e de governança) também têm ocupado cada vez mais espaço no mercado corporativo.
Segundo a pesquisa Global Female Leaders Outlook (GFLO) neste sentido, cerca de 45% das mulheres sentem pressão por parte dos stakeholders das empresas para a redução da desigualdade de gêneros. O que indica um cenário positivo para o aumento do número de mulheres em cargos de liderança em um futuro próximo.
Apesar do avanço sobre a diversidade nas empresas e o empreendedorismo feminino, ainda vivemos em uma sociedade patriarcal. Ou seja, regida por estruturas e relações que favorecem os homens. Especialmente o homem branco, cisgênero e heteressexual.
Dessa forma, para aumentar o número de lideranças femininas nas empresas é preciso ir contra todo um padrão cultural e histórico de discriminação de gênero. E, para isso, o maior desafio é o preconceito.
Além disso, é preciso considerar que, geralmente, as trabalhadoras têm dupla jornada: a família e o trabalho. Afinal, não é incomum vermos os cuidados com crianças ou idosos da família ficarem a cargo das mulheres. O que, sem dúvidas, se torna um desafio para a gestão da liderança.
Por fim, como vimos, a falta de representatividade também é um dos grandes empecilhos para que mulheres alcancem altas posições organizações. Dessa forma, trabalhar este cenário pode ser o primeiro passo para incentivar a liderança feminina nas empresas.
Para fazer a sua parte neste cenário, o iFood adotou metas de diversidade e inclusão focadas em questões de gênero. Assim, é nosso compromisso garantir a presença de mulheres em 50% dos cargos de liderança.
Para isso, temos entre o nosso time grupos de afinidade, nos quais colaboradores se juntam para discutir questões como gênero, raça e orientação sexual.
Além disso, acompanhamos nosso quadro de colaboradores desde 2019. Foi quando realizamos o primeiro censo para identificar lacunas de diversidade e inclusão. Neste primeiro momento, as mulheres eram apenas 28% dos líderes da empresa.
Desde então, passamos a desenvolver outras ações internas de conscientização para temáticas como racismo, machismo e LGBTfobia. Além de implementarmos uma avaliação de desempenho 360º.
Isto aconteceu porque identificamos que homens recebiam avaliações até 8% melhores do que mulheres sem explicações técnicas. Agora, com este novo modelo, o colaborador se autoavalia e também recebe a avaliação de seu gestor direto e dos colegas de departamento.
Esta iniciativa foi fundamental para reduzir os riscos de uma avaliação injusta e contribuir para a tomada de decisão mais assertiva na hora de oferecer promoções e cargos de liderança.
Seguindo este pensamento, o novo censo realizado este ano já mostrou uma nova realidade. Hoje, temos cerca de 38% de liderança feminina. E a nossa intenção é fazer este número crescer cada dia mais.
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